Nel Fumo
(Eugenio Montale - Premio Nobel de Literatura em 1975)
Quante volte t’ho atteso alla stazione
Nel freddo, nella nebbia. Passeggiavo
Tossicchiando, comprando giornali innominabli,
Fumando Giuba, poi soppresse dal ministro
Dei tabacchi, il balordo!
Forse un
treno sbagliato, un doppione oppure una
Sottrazione.
Scrutavo le carriole
Dei facchini se mai ci fosse dentro
Il tuo bagaglio, e tu
dietro, in ritardo, .
Poi apparivi, ultima. È un ricordo
Tra tanti
altri. Nel sogno mi perseguita. .
Na
fumaça
Quantas vezes
te esperei na estação
no frio, na
neblina. Andava de um lado para outro
com minha tossezinha, comprando jornais inomináveis
fumando Giuba, depois proibido pelo ministro
Dos tabacos, o idiota!
Quem sabe um trem errado, ou desdobrado, ou talvez
cancelado. Examinava os carrinhos
dos carregadores para ver se por acaso não levavam
dentro tua bagagem, e tu seguindo, atrasada.
Por fim aparecias, a última. É apenas uma lembrança
Entre
tantas outras. No sonho me persegue.
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